Prezadas Associadas,
É com grande satisfação que compartilhamos com todos
a notícia sobre a incorporação do Trastuzumabe no
SUS. Esta é uma conquista de todos nós que lutamos
arduamente por tanto tempo para alcançarmos este
direito.
Agradecemos a todas as Associadas Femama pela
participação ativa nesta batalha. Não podemos perder
de vistas as demais batalhas de virão, pois teremos
sempre que estar atentos exercendo o controle social
para garantir o acesso continuo a este medicamento.
Parabéns a todas!
Equipe
Femama.
Novo medicamento para câncer de mama será
incorporado no SUS
O medicamento de alto custo, Trastuzumabe, reduz as
chances de reincidência da doença e diminui em 22% o
risco de morte das pacientes.
O
Ministério da Saúde (MS) vai incorporar o
Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos de
combate ao câncer de mama, no Sistema Único de Saúde
(SUS). Essa iniciativa faz parte do Plano Nacional
de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de
Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a
assistência oncológica no país, lançado pela
presidenta Dilma Rousseff, no ano passado. O
ministério investirá R$130 milhões/ano para
disponibilizar o medicamento à população.
O
câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o
mais frequente entre as mulheres, com uma estimativa
de mais 1,15 milhão de novos casos a cada ano, e
responsável por 411.093 mortes a cada ano. No
Brasil, estimam-se 52.680 novos casos em 2012/2013.
Em 2010 ocorreram 12.812 mortes por causa da doença.
E neste ano, o Ministério da Saúde já custeou mais
de 100 mil procedimentos para quimioterapia do
câncer de mama inicial ou localmente avançado.
“A expectativa é que o Trastuzumabe beneficie 20%
das mulheres com câncer de mama em estágio inicial e
avançado”, afirma o ministro da saúde, Alexandre
Padilha.
A partir da publicação, nesta semana, no Diário
Oficial da União (DOU), o SUS tem prazo de 180 dias
para efetivação de sua oferta á população
brasileira. E o novo medicamento diminui em 22% o
risco de morte de mulheres com a doença e ainda
reduz as chances de reincidência do câncer. A
incorporação do Trastuzumabe foi aprovada pela
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
(Conitec) para o tratamento de câncer de mama
inicial e avançado.
INCLUSÃO - O Trastuzumabe é um dos primeiros
medicamentos incorporados no SUS a partir da Lei
12.401, de 2011. O decreto, que cria uma Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec),
define regras que garantem a proteção do cidadão
quanto ao uso e eficácia desses medicamentos, que
devem ter registro nacional e serem reconhecidos
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
O documento estabelece também que seja publicado um
protocolo de como e quais as situações que o
medicamento deve ser utilizado. “A Conitec é um
aprimoramento do sistema de incorporação de novas
tecnologias, protegendo o cidadão e reduzindo os
riscos de judicialização do medicamento, que muitas
vezes é recomendado de forma indevida”, destaca o
ministro.
O medicamento é um dos mais procurados. Em 2011, o
ministério gastou R$ 4,9 milhões para atender a 61
pedidos judiciais. Esse ano já foram gastos R$ 12,6
milhões com a compra do Trastuzumabe por demanda
judicial.
De acordo com o ministro Padilha, essa aquisição só
foi possível devido à economia de custos gerada por
inovação tecnológica, parcerias público-privadas,
comparação de preços internacionais e a
centralização de compras. “A melhor gestão dos
recursos possibilitou gerar uma economia de R$ 1,7
bilhão/ano no orçamento do ministério. Isso nos
permite ampliar o acesso dos brasileiros às novas
tecnologias”, explica.
Por Rhaiana Rondon, da Agência Saúde – Ascom/MS